A plástica abdominal, também chamada de abdominoplastia, é o procedimento cirúrgico indicado para pacientes que apresentem flacidez de pele na região abdominal. A cirurgia consiste na retirada do excesso de pele e gordura da região inferior do abdome. Por esse motivo, também é conhecida como “dermolipectomia abdominal”.
Além do tratamento da flacidez da pele, durante a cirurgia também é feita a correção da diástase. A diástase dos músculos retos abdominais é o termo utilizado para o afastamento entre os músculos que ocorre, geralmente, após a gestação ou após grande perda de peso (como nas pós-bariátricas) pelas pacientes. Portanto, essas são as candidatas clássicas para esse tipo de procedimento. A plicatura (sutura) dos músculos tem o objetivo de aumentar a firmeza da parede abdominal e melhorar o contorno na região da cintura.
A abdominoplastia clássica produz cicatrizes que ficam escondidas sob a roupa íntima, poucos centímetros acima do púbis e se estendendo até à altura da crista ilíaca (ossos do quadril). Invariavelmente, qualquer remoção de excesso de pele, seja no abdome, nas mamas, coxas ou qualquer outra região do corpo, produzirá cicatrizes, fazendo destas um mal necessário.
Frequentemente, a indicação de abdominoplastia é confundida com a da lipoaspiração, porém, esta última é indicada para o tratamento de gordura localizada e não para tratamento de flacidez cutânea. Em muitos casos, a lipoaspiração, isoladamente, pode até piorar a flacidez. Por outro lado, a abdominoplastia também não costuma remover gordura localizada, razão pela qual, frequentemente, os dois procedimentos se complementam e são indicados em conjunto.
(Retirado daqui um parágrafo que repete a última frase do parágrafo anterior). A cirurgia tem uma duração média de 2 horas, podendo chegar a 5 horas em caso de associação com a lipoaspiração. Geralmente, a alta hospitalar ocorre em até 24 horas.
Classicamente, ao final do procedimento, são colocados drenos de sucção com o objetivo de remover o excesso de líquido e sangue no leito operatório com a finalidade de reduzir a ocorrência de seromas. Os drenos são removidos de acordo com o débito diário (<50ml/24 horas). Porém, trabalhos recentes têm demonstrado que pontos de adesão internos são mais eficientes que o uso do dreno. Dessa forma, muitos cirurgiões têm abandonado o uso do dreno e adotado a técnica dos pontos de adesão.
É imprescindível que os pacientes que estejam interessados em realizar a abdominoplastia não estejam em obesidade. O objetivo da cirurgia não é o emagrecimento e sim a melhora do contorno corporal. A obesidade multiplica o risco de complicações e prejudica o resultado estético final.
Atualmente, não se recomenda repouso absoluto após a abdominoplastia, principalmente pelo risco de trombose e embolia pulmonar, que são complicações graves. O ideal é realizar pequenas caminhadas ao longo do dia. A volta às atividades rotineiras ocorre, gradualmente. Em média, após 15 dias os pacientes são liberados para dirigir, voltar ao trabalho ou faculdade. As atividades físicas são liberadas após 30 a 45 dias, com início gradual, começando com atividades aeróbicas leves e passando à musculação.
